by Roberto M.
Ayrton já era bicampeão mundial de Fórmula 1 (1988 e 1990), mas nunca havia conquistado uma vitória na sua própria casa.
Ele queria muito ganhar uma etapa brasileira. Perseguia esse objetivo obsessivamente e acabou conseguindo.
Foi no dia 24 de março de 1991 no Autódromo de Interlagos em São Paulo, que Ayrton Senna obteve sua primeira vitória em uma corrida de Fórmula 1 no Brasil.
Ayrton Senna conseguiu levar a McLaren que pilotava, mesmo sem contar com a terceira, quarta e quinta marchas, até o final da corrida.
Os problemas do carro desgastaram Senna absurdamente.
Teve um colapso muscular e chorou compulsivamente ao cruzar a linha de chegada em primeiro lugar.
Ao parar, no meio do autódromo, não tinha forças para deixar o carro.
Ayrton teve que ser ajudado por fiscais, que lhe tiraram o capacete e também do cockpit.
Foi colocado no banco de trás do carro madrinha (pilotado por Wilson Fittipaldi, irmão de Emerson Fittipaldi) e aí deu a volta triunfal até os boxes.
A vibração da torcida aumentou ainda mais a emoção do piloto brasileiro, que chorando copiosamente, só se reanimou na hora de subir ao pódio.
No pódio, quase não conseguiu levantar o troféu devido à debilidade de seu braço direito e na comemoração com champanhe, jogou-a toda em si mesmo.
A concentração de Ayrton Senna nessa conquista foi muito grande. Ele superou muitos problemas em seu carro.
Tudo começou quando, a 20 voltas do final, ele perdeu a quarta marcha.
Houve um pequeno refresco quando seu grande rival, Nigel Mansell, na 59ª volta, abandonou a prova. Mas a situação voltou a piorar. A oito voltas do final da corrida, a McLaren de Senna fica sem a terceira e quinta marchas.
O piloto brasileiro foi obrigado a pilotar sua máquina apenas em sexta marcha e por isso a velocidade mantida era alta.
Na entrevista coletiva, após a corrida, Ayrton Senna contou várias coisas e entre elas podemos destacar:
“Com isso, o carro era empurrado para fora da pista nas curvas lentas, e eu tinha de abusar do freio” ( ao falar sobre a alta velocidade devido à sexta marcha).
“Para cruzar a linha de chegada era apenas braço firme e fé em Deus” (ao revelar que em alguns momentos foi obrigado a manter uma das mãos no volante e a outra no câmbio para não perder também a sexta marcha).
“Terminei esta corrida sem a ajuda de mais nada. Nem de meu carro, nem de meu físico. Foi Deus quem me deu a conquista”
Depois disso, Ayrton Senna sagrou-se tricampeão de Fórmula 1, no mesmo ano de 1991; conseguiu ganhar mais uma vez um grande prêmio no Brasil em 1993 e morreu tragicamente em um acidente no Grande Prêmio de San Marino em Ímola no dia 1 de maio de 1994.
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Ficamos tristes quando vemos pessoas como ele partir de uma forma trágica e que nos causou grande choque naquela época. O pior desse mundo é os bons estão se indo e cada vez mais predomina a mediocridade. Um abraço e sucesso!!!
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