Tela de Pedro Américo - 1886 |
by Roberto M.
No dia 7 de setembro de 1822, D Pedro declarou o Brasil independente de Portugal.
Esse fato aconteceu às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo.
A antiga colônia portuguesa passou, então, a se chamar Império do Brasil.
D. Pedro tornou-se imperador, com o título de D. Pedro I, e foi coroado em dezembro do mesmo ano, com toda a pompa de um monarca europeu.
Antes mesmo do “Grito do Ipiranga”, por volta de agosto de 1822, um poeta fluminense chamado Evaristo da Veiga, favorável à independência que era, escreveu um poema ao qual intitulou “Hino Constitucional Brasiliense” e o publicou.
O poema teve grande aceitação da Corte e foi musicado por um famoso maestro da época chamado Marcos Antonio da Fonseca Portugal, que havia sido professor de música do jovem príncipe D. Pedro, que após a proclamação da independência passou a ser o Imperador D. Pedro I.
Entretanto, em 1824, o imperador, tendo se afeiçoado pelo poema de Evaristo da Veiga, resolveu ele mesmo compor uma música para os versos, que a partir daí passou a substituir, oficialmente, a música de Marcos Portugal.
Durante o primeiro reinado, esse hino era tocado como canção patriótica por excelência. Valia até como hino nacional, embora não oficialmente.
Após a abdicação de D. Pedro I, com a chegada do segundo reinado e, principalmente, com a proclamação da república, o Hino da Independência foi gradativamente sendo deixado de lado.
No centenário da independência, em 1922, ele voltou a ser executado, mas não com a melodia de D. Pedro I e sim com a de Marcos Portugal.
Foi somente durante a era Vargas (1931-1945), que a música composta por D. Pedro I foi reestabelecida como a melodia oficial do poema de Evaristo da Veiga, tornando-se oficialmente o “Hino da Independência do Brasil”.
Acompanhe a letra escutando o hino.
Para escutá-lo, clique na seta do tocador logo abaixo da foto de D. Pedro I.
Hino da Independência do Brasil
Letra de: Evaristo da Veiga
Música de: D. Pedro I
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
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