by Roberto M.
Uma equipe de arqueólogos britânicos do Centro de Egiptologia Biomédica da Universidade de Manchester, capitaneada por Jacky Finch, descobriu há alguns anos, o que está sendo considerada a prótese mais antiga do mundo.
Trata-se de um dedo de pé feito em couro e madeira, correspondente ao hálux direito de uma mulher. Hálux, apesar de ser um nome pomposo, nada mais é do que o nosso famoso “dedão” do pé.
A peça foi encontrada no pé de uma mulher mumificada há milênios (estima-se que ela tenha vivido por volta do ano 1070 a.C.) e leva a crer, que é de um dedão a primeira prótese feita pelo ser humano na face da terra.
Por alguma causa desconhecida pelos cientistas, a mulher teve o hálux decepado; a prótese serviu para devolver-lhe a mobilidade e também para saciar sua vaidade, pois até o detalhe de uma unha foi executado na peça.
Até a descoberta do dedo da múmia, acreditava-se que a prótese mais antiga era uma perna (construida de madeira e reforçada em bronze) achada numa tumba próxima a Cápua (Itália) e infelizmente destruída durante a segunda guerra mundial. Estima-se que essa perna tenha sido usada por volta dos anos 300 a.C. , ano, até então, considerado como a data marco do início dessa especialização da medicina.
Ao descobrir o “dedão da múmia”, Finch e sua equipe avançaram na história da medicina especializada: dataram o seu início em pelo menos 700 anos antes do que se imaginava.
A prótese foi batizada como “Dedo do Cairo”, pois a múmia a quem pertencia era egípcia.
Agora, os pesquisadores irão copiar a prótese que está no Cairo e implantar as réplicas em voluntários.
Se a experiência der certo, pasmem, novos horizontes poderão ser abertos para a medicina moderna, através de técnicas da medicina de um milênio antes de Cristo.
Fonte: Revista ISTOÉ nº 1971- ano 30
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Nossa! Até a unha!
ResponderExcluirSempre quando eu vejo algo assim, fico impressionada e até um pouco triste. Naquela época eles conseguiram fazer coisas que, hoje, nós, temos muita dificuldade em fazer.