by Roberto M.
O que é cloro livre? O que é cloro combinado? O que é cloramina?
Quando sentimos um cheiro muito forte de cloro na água da piscina, isso não quer dizer que a água está com excesso de cloro, mas sim com falta dele. Esse é um problema muito comum nas piscinas de uso intenso. É também um assunto pouco compreendido por usuários e tratadores em geral.
Muitas vezes, os banhistas sentem um cheiro desagradável de cloro; a água causa irritações na pele e nos olhos, além de afetar o sistema respiratório. Nas piscinas internas o ar torna-se irrespirável e provoca reações alérgicas, principalmente nas crianças.
Normalmente, o diagnóstico é: “excesso de cloro da água da piscina”. Isso evidencia o desconhecimento que se tem sobre a real causa do problema.
Em quase 100% dos casos, é justamente o contrário a causa do problema: a insuficiência de cloro livre residual.
O cloro livre é que mata os germes e ajuda a evitar a disseminação das doenças de veiculação hídrica. É também o cloro livre que oxida os contaminantes produzidos pelos banhistas (suor, urina, óleos da pele e outros compostos que contenham nitrogênio amoniacal).
Desde que o residual de cloro livre na água seja pelo menos dez vezes maior do que a carga de nitrogênio amoniacal, a água será clara, transparente e inodora.
Quando o nível de cloro livre não for suficiente para oxidar totalmente esses compostos de nitrogênio, a oxidação se interrompe no meio do caminho, surgindo então as cloraminas (mono, di ou tri-cloraminas) como produto final.
As cloraminas, também chamadas de cloro combinado, deixam a água da piscina opaca, com cheiro desagradável de cloro e causam irritações na pele e nos olhos dos banhistas.
É o cloro combinado que confere à água e também ao ar todas essas características indesejáveis. O cloro livre, mesmo com residual de 20 ppm, não transmite odor.
Veja na figura abaixo, como se forma o cloro combinado:
Observação: Na figura acima, estamos usando a molécula de amônia representando o composto nitrogenado, para simplificar. Na realidade, um radical orgânico ou inorgânico com graus de complexidade variados, poderia estar no lugar de cada átomo de hidrogênio.
Para resolver todo esse incômodo só existe uma solução, destruir as cloraminas, acabar com o cloro combinado.
A única forma de se conseguir isso é com uma oxidação de choque: aplicação na água, de uma só vez, de um produto fortemente oxidante.
O método mais comum é fazer a oxidação de choque com cloro (supercloração). Esse método consiste em adicionar à água uma dosagem de cloro igual a pelo menos dez vezes o residual de cloro combinado presente. Depois disso, é preciso aguardar que o residual de cloro livre diminua aos níveis normais, e só então permitir o uso da piscina pelos banhistas.
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